Aconteceu, nesta quarta-feira (24/05), uma oficina de souvenir de cerâmicas ministrada pelo escultor ceramista Alisson Sales. O momento aconteceu no Centro de Convivência e Cultura Lulu Santos Seixas e contemplou 16 participantes, entre usuários e familiares do Centro de Atenção Psicossocial Damião Ximenes Lopes (Caps II).
Alisson Sales, que também é usuário da Rede de Atenção Psicossocial de Sobral, explicou que seu primeiro contato com a cerâmica veio como resultado de um atendimento. “Me indicaram fazer uma atividade artesanal que me ajudasse a manter tanto uma rotina como também me ajudasse a me expressar. Daí surgiu a oportunidade de fazer a oficina na Escola de Artes e Ofícios (Ecoa) com a professora Emmanuela Tolentino. Eu gostei, passei a aprender mais sobre a arte e a história da produção aqui no Ceará”, contou.
O trabalho com cerâmica é utilizado como expressão artística e terapêutica, além de ser uma ferramenta para geração de renda. “Eu passei a manter contato com o pessoal da cerâmica Torres, para conseguir manter a produção própria, e comprei alguns equipamentos. Em uma conversa com outra usuária, Etelvana Freitas, surgiu a ideia de fazer essa oficina aqui no Caps e a gerência do equipamento topou a ideia, criando essa oportunidade que é tanto terapêutica quanto de fortalecimento de laços e, quem sabe, uma opção de geração de renda. Além disso, essa é uma oportunidade de ajudar a arte da cerâmica de ressurgir aqui em Sobral”, pontuou Alisson.
O gerente do Caps II, Dimas Cavalcante, explica sobre a importância desses trabalhos para a saúde mental das pessoas. “Essas atividades melhoram a qualidade de vida e também podem se transformar em uma fonte de renda. A cerâmica é uma técnica artística milenar. Através dessa arte é possível contar histórias de vida, memórias e vivências que estão representadas em cada objeto. A atividade teve como principais elementos o uso da mão e da argila. Na prática é possível treinar a criatividade e imergir em sua própria experiência. A experiência artística possibilitou desenvolver atividades de criação e na fluidez do manuseio da argila ir de encontro com a verdade do sujeito transposta na sua criação”, finalizou Dimas.
O Caps II possui, em sua agenda permanente, diversos grupos de atividades com os usuários, com programações diversificadas que vão desde a música aos esportes, teatro e artesanato.