Aconteceu, nesta quarta-feira (07/12) a solenidade de entrega da certificação de mais de 40 municípios que atingiram a meta de eliminação da transmissão de HIV e/ou sífilis como problema de saúde pública, dentre eles Sobral. O evento ocorreu na Fundação Oswaldo Cruz, em Brasília.
A transmissão vertical ocorre quando a mãe não é diagnosticada ou tratada adequada e oportunamente, e transmite a infecção do HIV ou sífilis para criança durante a gestação ou parto. No caso do HIV, a transmissão também pode ocorrer durante a amamentação. Os testes de diagnóstico, tratamento e medidas profiláticas estão disponíveis no Sistema Único de Saúde (SUS). A eliminação destes agravos consiste em um marcador da qualidade da atenção à saúde ofertada.
De acordo com a coordenadora de Vigilância em Saúde, Vanessa Farias, essa certificação é resultado de um trabalho em rede bem executado. "Temos inseridos na execução desse processo os setores da Atenção Primária, Centro de Referência em Infectologia de Sobral, maternidades dos hospitais e Vigilância em Saúde, em que os profissionais se empenharam e se empenham para atingir essa meta, e continuarão aprimorando as ações para manter esse resultado. Receber esse certificado nos deixa muito felizes, honrados e fortalecidos para seguirmos com o desafio de manter a certificação e buscar a Certificação de Eliminação da Transmissão Vertical da Sífilis, que ainda é uma realidade no cenário nacional", destacou.
Em setembro, uma equipe do Ministério da Saúde esteve em Sobral para realizar uma visita técnica e conhecer as instalações e serviços ofertados pelas instituições que acolhem pacientes com HIV/AIDS. De acordo com Boletim Epidemiológico da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde , a infecção que se dá da mãe para o filho ainda bebê foi responsável por cerca de 77,9% dos casos notificados de Aids em menores de 13 anos em 2020.
Importância do diagnóstico precoce
O diagnóstico no pré-natal permite que sejam realizados todos os protocolos para a gestação, o parto e o recém-nascido que reduzem o risco de infecção do HIV a menos de 2%, por meio da inserção de tratamentos. Sem os cuidados, o risco de transmissão passa a ser de 30%.
Todas as gestantes devem fazer a testagem para HIV, com o teste rápido diagnóstico anti-HIV ou a sorologia anti-HIV. A preferência é que seja realizado no primeiro trimestre e repetido no terceiro trimestre. Sem o pré-natal em dia, o diagnóstico pode ocorrer de forma mais tardia ou até mesmo no trabalho de parto.