Na manhã desta quarta-feira (20/12), foi realizada, no auditório da Escola de Saúde Pública Visconde de Saboia, uma oficina devolutiva sobre a pesquisa realizada em Sobral e em outras cidades nordestinas, com o tema: Covid-19 e a violência urbana: repercussões no trabalho e na saúde mental de Agentes Comunitários de Saúde (ACS).

O momento teve como público-alvo os protagonistas da pesquisa realizada os agentes comunitários. O objetivo deste estudo foi analisar os fatores relacionados à saúde mental dos ACS no contexto da Covid-19.

A coleta de dados foi orientada pela pesquisadora da Fiocruz e coordenadora geral da pesquisa, Dra. Anya Pimentel, que também esteve presente na ocasião para apresentar os resultados obtidos. De acordo com a pesquisa, no campo da saúde dos trabalhadores, verifica-se que os profissionais da linha de frente contra a Covid-19, especificamente os ACS, tiveram impacto direto em sua rotina. Preocupações e medos relacionados à doença contribuíram para um maior sofrimento psíquico, repercutindo em sintomas de estresse, ansiedade e depressão.

A pesquisa também sinalizou que a presença da violência é uma realidade na vida diária dos territórios dos ACS, podendo afetar o processo de trabalho e a saúde mental. Logo após as explanações, os agentes tiveram a oportunidade de apresentar suas vivências relacionadas com o estudo e sugerir possíveis ações que possam melhorar o seu cotidiano diário como agente promotor de saúde.

O encontro contou com a presença da coordenadora da Atenção Primária, Larisse Araújo, do diretor-geral da Escola de Saúde Pública Visconde de Saboia, Osmar Neto, das docentes da Universidade Estadual Vale do Acaraú e coordenadoras municipais da pesquisa, Maristela Osawa e Maria do Socorro Dias, dos pesquisadores da Fiocruz Pernambuco, Sidney Farias e André Sá, e da coordenadora da Educação Integral da Secretaria de Educação de Sobral, Larissa Jordão.