Com a intensificação da quadra invernosa no município e o aumento alarmante nos índices de focos encontrados em residências, as Secretarias da Saúde e da Educação de Sobral estão realizando, durante todo o mês de abril, uma série de atividades nas escolas municipais para educação e conscientização dos estudantes.

Entre as ações desenvolvidas estão palestras, rodas de conversa, dinâmicas e até mesmo um teatro encenado pelos próprios estudantes. Dia 8 de abril, o Centro de Educação Infantil Terezinha Rodrigues promoveu uma manhã de brincadeiras em parceria com o Centro de Saúde da Família Doutor Guarany Mont’Alverne (Cohab II).

Segundo a gerente do CSF, Tiara Bruna Teixeira, “a dramatização realizada pelas crianças serviu como interação lúdica para aproximar a mensagem das crianças, trabalhando o tema arboviroses com foco na dengue, que é muito presente em nosso município”.

Também foram realizadas atividades na Escola de Tempo Integral Alzira Paulo Braga e no Centro de Educação Lourenço da Silva. O gerente da Unidade de Vigilância em Zoonoses, Rafael Lima, explica que a programação é fruto de uma parceria entre Zoonoses, Programa Saúde na Escola, Centros de Saúde da Família e escolas municipais. Trabalhar com o público infantil foi uma das estratégias traçadas para diminuir os índices de foco em unidades residenciais, onde se encontra cerca de 80% de todos os focos em Sobral.

Além das escolas, estão sendo realizados encontros em templos religiosos, associações comunitárias e com a sociedade civil em geral. “Nesse momento, precisamos de todo o apoio da população para combater o Aedes aegypti. Nossos índices estão alcançando números muito preocupantes e a participação popular é fundamental para reverter isso”, explicou Rafael.

Durante as visitas domiciliares dos agentes de endemias durante os primeiros meses deste ano, foram encontrados focos em baldes, bacias, vasilhas de água de animais, piscinas, e até mesmo na louça acumulada na pia e bandeja do gelágua. O primeiro ciclo de combate às arboviroses iniciou em janeiro e encerrou em março. Nesse intervalo, foram encontrados 972 focos nos imóveis, o que representa um aumento de 260% em relação ao mesmo período de 2021.